quarta-feira, 7 de abril de 2010

O amor, como sentimento, ele se sublima?

Imagem do filme "Crepusculo".

Passei a ver claramente o que é o sentimento assim que esse trabalho começou, e sinceramente culpo a professora Christina, por isso. A matemática era minha vida, era o que me mantinha interessado e quieto a respeito do que eu poderia sentir. A sua exatidão e o fato de ser previsível me deixavam feliz já que não gosto de ser surpreendido, pois tenho medo de "sentir". Nos cálculos, sei que "um mais um é igual a dois", e dentre um conjunto de outras informações, isso poderia evoluir para, quem sabe, um valor maior, mas na literatura a maldita perspectiva me cega, e me faz ir em busca do desconhecido; me atrair para um mar de diferentes possibilidades, deixando-me impotente na arte de prever resultados, como faço com os cálculos. Sua inexatidão me irrita, mas o poder de sentir (o que antes era um mistério para mim) me atrai e, a medida que eu procuro me conter e dizer "não, isso é errado", mais quero entrar nesse mundo onde os cálculos não têm sentido. No caso do Romantismo , o "ser" que lhe provoca extremo afeto,é o valor incalculável e infinitesimal que deseja alcançar. O que me faz refletir sobre a morte, como disse em uma de suas aulas " O amor, para um casal, se torna lindo e eterno quando se sublima, e muitas vezes, a morte se torna essa sublimação...". A perda de uma pessoa amada faz com que você não tenha mais seu chão e seu rumo, como disse no começo desse texto; faz com que caia em um mar de diferentes possibilidades, mas nesse caso, a possibilidade que você deseja alcançar, o valor final, é o amor, o sentimento. Como a morte, o que era possível se torna distante, se quer, mais e mais, ver a pessoa amada, porque sabe-se que só a lembrança não lhe basta, é necessário senti-la, tocá-la, enfim, você passa a desejá-la mais do que quando ela estava viva, e sua mente se abre. Você pode pensar "e se nós nos casássemos? Ou se ela estivesse aqui, nesse exato momento? Como seria o resto de nossas vidas ?" Seu amor se torna mais consistente, e então começa a lamentação. Você não conseque parar de pensar nessa possibilidade e o "se" o destrói e o derruba. Pode-se ter a doença mental a que chamamos "depressão". O "escuro" passa a ter muita participação em sua vida, quem sabe a busca pelo oculto possa traze-la de volta? Sua mente se abre novamente, para quem sabe, ir além do plano material, além do conhecimento limitado que a ciência lhe proporciona. Você quer reencontrar, estar com ela só mais uma vez para ver se o sentimento se cala, mas no fundo sabe que é impossível ter o seu amor de volta. E então, você morre. Do mesmo modo como viveu pensando nela, e depois disso, quem sabe? Com a existência desses inúmeros sentimentos aflorados ao mesmo tempo, o autor romântico viveu se lamentando, sonhando, idealizando. Quem sabe se sagas como a do livro "Twilight" (Crepusculo) existissem na época, os autores se consagrariam como hoje em dia? Afinal, o amor eterno, e até mesmo impossível, entre o lindo casal que supera qualquer barreira é exatamente o que qualquer um idealizaria como objetivo de vida. Quem não gostaria de viver para sempre? Quero dizer, estar vivo e se liberar do quadrado mundo dos números? Para este mero estudante, o Romantismo e todas as escolas literárias, têm essa função: exaltar o que se sente e extravasar o que, no plano físico, não se pode fazer. Émeio frustrante, pois não tinha noção disso. A arte é o meio mais fácil de se expressar os sentimentos, por isso, como artista, admiro os literatos, mas não o invejo. E quanto à matemática... continua me servindo bem, praticamente me realizo nela. É isso o que me convém, mas o que posso dizer? A literatura me libera. Isso agora, é uma convicção.

Israel Eller

6 comentários:

  1. Estou impressionada. Afinal, a matemática nunca foi minha diva, mas sempre me rondou, como um ex-namorado desinteressante. Sentir é do ser, Israel. Natural como beber água ou conversar fiado na pracinha do Tão. Escrever também. Acho que em você, vai ser que nem coçar...
    Estou ansiosa, Je ne parle france, mas estou ansiosa pra ler mais. Aquele texto sobre o respeito aos mitos e à veneração aos heróis seria mto interessante, oui?
    Au revoir...

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  2. EU ACHEI ESTE TEXTO "O AMOR, COMO SENTIMENTO, ELE SE SUBLIMA?" MARAVILHOSO, ME IDENTIFIQUEI MUITO COM ELE. REALMENTE A MATEMÁTICA NOS DÁ CERTEZAS COM SEUS CÁLCULOS,JÁ O AMOR ELE É AINDA MAIS COMPLICADO QUE A MATEMÁTICA, PORQUE ELE NUNCA NOS DÁ CERTEZA DE NADA.MUITO LINDO, ADOREI.PARABÉNS PARA O AUTOR DO TEXTO. JÉSSICA SABRINA

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  3. O autor Israel Eller, em seu texto "O amor, como sentimento,ele se sublima?",defende a tese de que o amor é tão complicado,que chega a ser mais difícil que a matemática,para ele o fato de o Romantismo ser tão irritante é devido a sua inexatidão.A Matemática por mais difícil que seja tem suas exatidões, o romantismo não tem ,mas acaba o atraindo, pelo poder de sentir o que antes era mistério para ele.
    Um dos argumentos usados pelo autor é o de que a perda de um pessoa amada é tão difícil que se chega a perder o chão,se sente que o mundo acabou,que não se pode mais viver sem esse amor,talvez por isso seja tão difícil o amor.
    Outro argumento utilizado pelo autor é o de que não é possível se satisfazer apenas com a lembrança da pessoa amada é preciso tocá-la,e quando se ama tanto e não se pode ter esse amor pode-se ter problemas mentais,como a depressão.
    Ao meu ver o autor tem razão ao defender tal idéia visto que, o amor é realmente muito mais complicado que a matemática.No amor nunca se tem certeza de nada,já na matemática por mais difícil que seja, se pode ter certeza em seus calcúlos.O amor dói quando não se é amado,já a matemática não nos causa dor.

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  4. O aluno ISRAEEL ELLER em se texto, defende atese de que aprender um tipo de máteria como a literatura é muito díficil quando não se tem vontade . Passei a ver claramente o que é o sentimento assim esse trabalho começou e culpo a professora CHISTINA,por isso.
    Um dos argumentos do aluno é o que a matemática era a vida dele era O que me mantinha interessado e quieto o respeito que eu poderia sentir,nos calculos sei que 1+1=2 mas na literatura amaldita pespectiva me cega e me faz ir em busca do desconhecido ai não posso prever os resultados como na matemática .
    Sua enitidão me irrita mas o poder de sentir o que antes era mistério para mim me atrai a medida que tento me conter e dizer não isso é errado mais querro entrar neste mundo.
    A arte é meio mais difícil de se expressar os sentimentos por,iso admiro os litérarios .
    Eu concordo com tudo o que o aluno diz pois as vezes nos fechamos para as matérias que tem muito cntéudo sabendo que vamos utilizar tudo o que estamos aprendendo;Sabendo também que o amor é uma coisa tão complicada edifícil de aprender e entender o amor é coisa de mestre e um dia eu querro aprender.

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  5. 3º ano vespertino Resenha Crítica – Olímpia Andrade
    O aluno Israel Eller em seu texto ``O amor como sentimento, ele se sublima?`` defende a tese de que o amor de um casal só se torna lindo e eterno quando se sublima, e a morte pode ser essa sublimação. Segundo o aluno, essa perda faz com que a pessoa caia num mar de diferentes possibilidades, em que deseja alcançar o amor, o sentimento.
    Um dos argumentos usados é o de que essa pessoa (que sofre a perda )passa a desejar o ser amado mais do que quando ele estava vivo e assim a mente se abre para diversas perguntas:E se nós nos casassemos?E se ela estivesse aqui nesse momento?Como seria o resto de nossas vidas?Com isso segundo o autor o amor se torna mais consistente e então começa a lamentação. E isso se torna um motivo para a depressão, pois o escuro passa fazer parte da vida dessa pessoa, o oculto parece ser uma oportunidade para trazê-la de volta.
    Outro argumento utilizado é o de que o Romantismo e outras escolas literárias têm a função de exaltar o que se sente e extravasar o que no plano físico não se pode. E que a arte é o meio mais facil de expressar os sentimentos.
    A meu ver, o aluno tem razão ao defender tal comportamento, pois o amor nos deixa vulneravéis e ao mesmo tempo dá a quem se envolve a sensação de proteção,assim não nos permite ver o que pode vir a ocorrer,por exemplo a morte.Nisso perdemos o chão de fato,e caimos prostrados diante desse sentimento.É como se soltassemos de pará- quedas e dessemos conta de que ele está com defeito logo após pularmos.A queda com certeza será terrivél,e entramos num coma ou seja o estado de escuridão,somente nesse estado é que conseguimos sentir a presença da pessoa amada.Sem dúvida,as escolas literarias ,inclusive o Romantismo, apresenta a exaltação dos sentimentos ,e tem uma forma bem peculiar de extravasar as emoções,na matemática não há o que extravasar,se você está amando, isto é uma coisa sua,na matemática só interessa o resultado de seus calculos.
    Por Olímpia Eliangela

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  6. Os alunos Israel Eller e Leilane Martins em seus textos sobre o que foi o Romantismo Francês, e quando o amor se sublima, respectivamente, defende a tese de que o Romantismo toma a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de um mundo centrada no indivíduo.
    Um dos argumentos usados por eles foi que os autores românticos retratavam seus ideais utópicos, desejos de escapismo, seus amores trágicos e o drama humano, voltando-se cada vez mais para si mesmos. Seu início foi marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.
    Outro argumento utilizado foi que no caso do Romantismo Francês o amor para um casal, só se torna lindo e eterno quando se sublima, e na maioria das vezes, a morte se torna essa sublimação, caso contrário, ela estaria sempre ao lado da pessoa amada, então a história terminaria assim:
    _E viveram felizes para sempre!
    No caso do Romantismo Francês, é diferente, pois, a pessoa amada morre, deixando a outra só e desolada, então ela se fecha; sua mente fica na escuridão, ela adoece e passa a ter problemas mentais, se isola achando que isso trará a pessoa amada de volta. Ela tem um imenso desejo de vê-la pela ultima vez, poder tocá-la. Mais sabe que isso será impossível.
    Então, ela morre...
    A meu ver, eles têm razão, pois essa história de sublimação só acontece quando um deles morre, fazendo o outro viver pensando como seria se sua (seu) amada (o) estivesse viva (o), se estivessem se casado, e como seriam felizes juntos, e o fato de ter um final trágico torna a história mais interessante.

    Paloma de Paula*

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