quarta-feira, 7 de abril de 2010

O que foi o Romantismo Frances?


Muitos devem se perguntar o que foi o Romantismo Francês? Para sabermos, primeiramente devemos ter uma breve noção do que é romantismo. O Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.
Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.
O termo romântico refere-se, assim, ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo. Já o Romantismo na França não é possível saber com exactidão o momento em que surgiu. Alguns investigadores situam o seu início nas obras de Choderlos de Laclos (1741-1803), Madame de Stael (1766-1817), Benjamin Constant (1767-1830) e, principalmente, François rené, visconde de Chateaubriand (1768-1848). Porém, outros consideram André de Chénier (1762-1794), mártir da guilhotina, como grande percursor da escola romântica de Paris, destinada a abalar as bases e os conceitos da poesia, da literatura e da arte em geral. A segunda geração romântica, que abrange completamente o século XIX, e na qual se podem incluir autores como Balzac e Stendhal, conta com a grande figura emblemática de Victor Hugo (1802-1885). Outros dos seus membros mais notáveis são Alphonse de Lamartine (1790-1869), Alfred de Vigny (1797-1863) e Alfred de Musset (1810-1857).

Leilane Martins

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