Os Três Mosqueteiros é um romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas. Inicialmente publicado como folhetim no jornal Le Siècle . O sucesso foi tão grandioso que posteriormente foi lançado como livro.
É o volume inicial de uma trilogia, romanceando fatos importantes dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou na França entre os dois governos.
A história inicialmente levaria o titulo "Athos, Porthos e Aramis", mas foi alterado para "Os Três Mosqueteiros" por sugestão de Desnoyers, encarregado da secção de folhetins do "Siècle" (para quem o título evocava aos leitores as três Parcas da mitologia grega). Dumas aceitou este último título notando que seu absurdo (já que seus heróis são ao todo quatro) contribuiria para o sucesso da obra.
Contexto histórico
Em 1625, Luís XIII reina sobre a França com seu Primeiro-Ministro, o Cardeal de Richelieu. Sua esposa é Ana d'Áustria. Muito inexperiente para gerir os negócios de estado, o rei não tem escolha senão apoiar-se sobre seu ministro, cujo gênio político e estratégico asseguram a coesão e segurança do reino.
Dumas põe em evidência o sentimento de desconfiança e as lutas de influência que ocupam constantemente os dois homens. No romance, os dois confrontam-se secretamente por intermédio de suas guardas pessoais. Dumas explora tamém a hostilidade conhecida entre a rainha e o cardeal para fazer desta um das molas do caso dos ferretes de diamante.
Personagens históricos
- Cardeal de Richelieu : insistindo na faceta privada do personagem tanto quanto na faceta pública, detalhando sua capacidade para urdir intrigas para atingir seus fins pessoais, mas sobretudo fazendo dele o antagonista dos heróis cobertos por valores cavalheirescos, Dumas contribui para desenvolver a lenda sinistra de um autocrata maquiavélico e distorcido.
- Luís XIII de França : Dumas não se prende muito a este personagem cujas qualidades, sobriedade, piedade e até mesmo castidade não seduziriam mesmo a este escritor amante da boa carne e das mulheres. O rei aparece no romance como marido fraco (e ciumento), à sombra de seu ministro. No entanto, ele admira o heroísmo de seus mosqueteiros, o que o torna muito indulgente para com eles. O rei também não fica de todo descontente ao deixá-los abater o orgulho de Richelieu ao vencer seus guardas.
- George Villiers, 1.° Duque de Buckingham : Alexandre Dumas o pinta como suposto amante da Rainha da França, Ana d'Áustria, e dá-lhe o estofo de personagem romântico, sofrendo por um amor impossível.
- A Rainha Ana de Áustria : Dumas faz da personagem histórica vítima de um casamento político, presa das perseguições do cardeal Richelieu. É abordado aquele período da vida da rainha em que, não tendo ainda gerado um herdeiro para o trono da França, ela atravessa uma fase difícil em seu casamento. Dumas idealiza sua beleza, seu senso de honra, emprestando-lhe todos aqueles sentimentos amorosos que a tornam ao mesmo tempo tocante e mais humana. Ela interpreta aqui o papel das "Donzelas" dos romances de cavalaria, capaz de inspirar os arroubos heróicos dos bravos.
- M. de Tréville, capitão dos mosqueteiros do rei : Jean-Armand du Peyrer, Conde de Tréville
- Mme de Chevreuse;
- D'Artagnan : Charles de Batz de Castelmore d'Artagnan tinha apenas treze anos em 1625, data onde Dumas situa o início da ação do romance. Estaria com 15 anos na época do Cerco de La Rochelle;
- Athos : Armand de Sillègue d'Athos d'Autevielle;
- Porthos : Isaac de Portau ;
- Aramis : Henri d’Aramitz;
- John Felton, o assassino de Buckingham
Personagens fictícios
- Constance Bonacieux, esposa do burguês Bonacieux, encarregada das roupas da rainha e cortejada por d'Artagnan;
- Rochefort, cavalheiro, agente do cardeal Richelieu;
- M. Bonacieux, estereótipo do pequeno burguês, covarde e invejoso;
- Milady (nascida Anne de Bueil, também chamada Milady de Clarick e Milady de Winter), antiga mulher de Athos, viúva do anterior Lord de Winter; é o arquétipo da mulher fatal;
- Lord de Winter, cunhado de Milady; um nobre;
- Planchet : lacaio de Artagnan;
- Mousqueton : lacaio de Porthos, com quem divide a gula;
- Bazin : lacaio de Aramis, a quem tenta em vão fazer entrar para a Igreja;
- Grimaud : lacaio de Athos, distingui-se por ser taciturno;
- Ketty : criada de Milady e apaixonada por d'Artagnan;
- Jussac : oficial dos guardas do Cardeal : d'Artagnan o fere em duelo quando da batalha que sela sua amizade com Athos, Porthos e Aramis
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