terça-feira, 1 de junho de 2010

Sobre o livro e filme "Os tres Mosqueteiros"

Alexandre Dumas


Os Três Mosqueteiros é um romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas. Inicialmente publicado como folhetim no jornal Le Siècle . O sucesso foi tão grandioso que posteriormente foi lançado como livro.
É o volume inicial de uma trilogia, romanceando fatos importantes dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou na França entre os dois governos.
A história inicialmente levaria o titulo "Athos, Porthos e Aramis", mas foi alterado para "Os Três Mosqueteiros" por sugestão de Desnoyers, encarregado da secção de folhetins do "Siècle" (para quem o título evocava aos leitores as três Parcas da mitologia grega). Dumas aceitou este último título notando que seu absurdo (já que seus heróis são ao todo quatro) contribuiria para o sucesso da obra.

O herói de "Os Três Mosqueteiros" é baseado no personagem histórico Charles de Batz de Castelmore d'Artagnan do regimento de Luís XIII de França : os "Cadetes da Gasconha". Seu nome é citado em memórias e correspondências da época, notadamente nas de Madame de Sévigné. Alexandre Dumas dispunha como fonte das "Memórias de M. D'Artagnan" de Gatien de Courtilz de Sandras redigidas em 1700, 27 anos após a morte de d'Artagnan. Dumas pinça daí uma grande quantidade de detalhes que reescreve dentro de seu estilo bastante pessoal.O projeto deste livro que dá origem à trilogia sobre d'Artagnan e os Três Mosqueteiros é originalmente uma idéia de Auguste Maquet, constante colaborador de Dumas, que o ajuda na redação do romance.As memórias da época em que ocorrem os eventos abordados pelo livro lhes fornecem um manancial de intrigas, notadamente no episódio dos ferretes da rainha que é narrado, por exemplo, por La Rochefoucauld no primeiro capítulo de suas "Memórias".

Contexto histórico

Em 1625, Luís XIII reina sobre a França com seu Primeiro-Ministro, o Cardeal de Richelieu. Sua esposa é Ana d'Áustria. Muito inexperiente para gerir os negócios de estado, o rei não tem escolha senão apoiar-se sobre seu ministro, cujo gênio político e estratégico asseguram a coesão e segurança do reino.
Dumas põe em evidência o sentimento de desconfiança e as lutas de influência que ocupam constantemente os dois homens. No romance, os dois confrontam-se secretamente por intermédio de suas guardas pessoais. Dumas explora tamém a hostilidade conhecida entre a rainha e o cardeal para fazer desta um das molas do caso dos ferretes de diamante.

Personagens históricos

  • Cardeal de Richelieu : insistindo na faceta privada do personagem tanto quanto na faceta pública, detalhando sua capacidade para urdir intrigas para atingir seus fins pessoais, mas sobretudo fazendo dele o antagonista dos heróis cobertos por valores cavalheirescos, Dumas contribui para desenvolver a lenda sinistra de um autocrata maquiavélico e distorcido.
  • Luís XIII de França : Dumas não se prende muito a este personagem cujas qualidades, sobriedade, piedade e até mesmo castidade não seduziriam mesmo a este escritor amante da boa carne e das mulheres. O rei aparece no romance como marido fraco (e ciumento), à sombra de seu ministro. No entanto, ele admira o heroísmo de seus mosqueteiros, o que o torna muito indulgente para com eles. O rei também não fica de todo descontente ao deixá-los abater o orgulho de Richelieu ao vencer seus guardas.
  • George Villiers, 1.° Duque de Buckingham : Alexandre Dumas o pinta como suposto amante da Rainha da França, Ana d'Áustria, e dá-lhe o estofo de personagem romântico, sofrendo por um amor impossível.
  • A Rainha Ana de Áustria : Dumas faz da personagem histórica vítima de um casamento político, presa das perseguições do cardeal Richelieu. É abordado aquele período da vida da rainha em que, não tendo ainda gerado um herdeiro para o trono da França, ela atravessa uma fase difícil em seu casamento. Dumas idealiza sua beleza, seu senso de honra, emprestando-lhe todos aqueles sentimentos amorosos que a tornam ao mesmo tempo tocante e mais humana. Ela interpreta aqui o papel das "Donzelas" dos romances de cavalaria, capaz de inspirar os arroubos heróicos dos bravos.
  • M. de Tréville, capitão dos mosqueteiros do rei : Jean-Armand du Peyrer, Conde de Tréville
  • Mme de Chevreuse;
  • D'Artagnan : Charles de Batz de Castelmore d'Artagnan tinha apenas treze anos em 1625, data onde Dumas situa o início da ação do romance. Estaria com 15 anos na época do Cerco de La Rochelle;
  • Athos : Armand de Sillègue d'Athos d'Autevielle;
  • Porthos : Isaac de Portau ;
  • Aramis : Henri d’Aramitz;
  • John Felton, o assassino de Buckingham

Personagens fictícios

  • Constance Bonacieux, esposa do burguês Bonacieux, encarregada das roupas da rainha e cortejada por d'Artagnan;
  • Rochefort, cavalheiro, agente do cardeal Richelieu;
  • M. Bonacieux, estereótipo do pequeno burguês, covarde e invejoso;
  • Milady (nascida Anne de Bueil, também chamada Milady de Clarick e Milady de Winter), antiga mulher de Athos, viúva do anterior Lord de Winter; é o arquétipo da mulher fatal;
  • Lord de Winter, cunhado de Milady; um nobre;
  • Planchet : lacaio de Artagnan;
  • Mousqueton : lacaio de Porthos, com quem divide a gula;
  • Bazin : lacaio de Aramis, a quem tenta em vão fazer entrar para a Igreja;
  • Grimaud : lacaio de Athos, distingui-se por ser taciturno;
  • Ketty : criada de Milady e apaixonada por d'Artagnan;
  • Jussac : oficial dos guardas do Cardeal : d'Artagnan o fere em duelo quando da batalha que sela sua amizade com Athos, Porthos e Aramis
Leilane Martins

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